quarta-feira, 2 de maio de 2012

Valdivia rechaça fama de baladeiro, mas se assume como provocador


O meia Valdivia tem 152 jogos pelo Palmeiras e 30 gols. Marcos Assunção é volante, tem 30 jogos a menos, mas está a um gol de igualar a marca do camisa 10. Por essas e outras, o chileno sabe que está devendo no Palmeiras. Para se livrar das seguidas lesões, topou fazer até um tratamento diferente, submetendo-se a uma biópsia para tentar descobrir porque sente tantas contusões musculares. Para se livrar da fama de chato em campo e de baladeiro fora dele, porém, Valdivia não sabe o que fazer.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, o chileno admitiu que se irrita com os comentários de que abusa da noite paulistana. Mas mostrou que até gosta quando vê os adversários se irritando com ele durante os jogos.
– As pessoas não sabem da minha vida. Jogador não gosta de ficar no DM (departamento médico), porque tem de acordar todo dia às 8h para vir aqui (na Academia), depois tem que voltar mais tarde. Se você está bem, treina só três horas – disse Valdivia.
As pessoas que falam que só penso em bebida, eu convido para vir aqui e mostrar uma foto ou que nem os caras do Rio fazem, que mandam as faturas para o clube do quanto o cara bebeu"
Valdivia
– As pessoas que falam que só penso em bebida, eu convido para vir aqui e mostrar uma foto ou que nem os caras no Rio fazem, que mandam as faturas para o clube do quanto o cara bebeu. Torcedores não bebem comigo, eles não passam 24h comigo. Então tem de parar com isso – emendou.
Sobre a fama de chato em campo, Valdivia brincou, mas lembrou que ele mesmo já acabou recebendo um cartão vermelho por conta de outro jogador tão provocador quanto ele, o corintiano Jorge Henrique:
– Burro é quem cai, que dá uma cotovelada ou soco e é expulso. Por exemplo: no último jogo do Brasileiro do ano passado, fui expulso porque segundo o juiz eu dei uma cotovelada no Jorge Henrique. Se eu tivesse acertado, ele teria quebrado o nariz. Às vezes os juízes são burros em dar esse tipo de falta e se deixar enganar. Mas eu não entro em campo escrito na testa “vou deitar em você”. Burro é quem cai na provocação – disse o chileno.
Valdivia falou ainda sobre seu esforço para voltar a jogar pelo Palmeiras.
– Quando o Palmeiras foi atrás de mim, tinha um salário bem melhor do que o atual e o time lá tinha oferecido renovar o contrato, aumentando o salário. Eu também fiz um esforço para vir. Quando saí (em 2008) foi por uma questão de dinheiro e quando voltei deixei de ganhar muito. Tenho uma dívida dentro de campo, mas tenho clareza que sozinho não vou mudar nada. Às vezes você dribla três, e perde a bola porque não tem ninguém para jogar. Não é uma desculpa. E outra, daqui a pouco faço sete jogos bons, aí vem um time da China, oferece um caminhão de dinheiro e o Palmeiras vai abrir os olhos e me vender. E nunca mais vão falar que o custo benefício é ruim.                                                                   Globo Esporte

Nenhum comentário:

Postar um comentário